Influencer paulista comprou título de psicóloga, mudou o nome nas redes, aplica neurofeedback em pacientes e é recomendada por clínicas mesmo sem registro no Conselho.
08/07/2025 19:11
Imagem do diploma falso de Psicologia, assinado pela própria Regiane Cipriano dos Santos. O documento foi usado para tentar registro profissional junto ao CRP-SP.
Antes da revelação do esquema de compra de diploma, Regiane Chaize mantinha uma presença ativa e estrategicamente construída nas redes sociais. Seu perfil no Instagram era verificado e apresentava o título de “Psicóloga” já no nome de exibição. A estética profissional, aliada a interações públicas com pacientes, buscava conferir legitimidade à atuação ilegal.
Story do Instagram em que Regiane aparece abraçada a outras pessoas, com o título de "Doutora Psicóloga", reforçando publicamente uma credencial inexistente.
Esse tipo de publicação era comum em seu perfil. As imagens promoviam não apenas o suposto domínio técnico de práticas como neurofeedback, mas também proximidade emocional com os pacientes. Esse cenário gerava, para o público desavisado, a imagem de uma profissional experiente e legalmente habilitada.
Captura de status mostrando os endereços de atendimento divulgados pela falsa psicóloga: regiões do Morumbi e Itaim, conhecidas por consultórios de alto padrão.
Esses endereços eram citados também por clínicas parceiras, como o espaço Vital Square, que recomendava Regiane como psicóloga mesmo sem registro no Conselho. As informações passavam confiança — endereço fixo, presença online ativa e vocabulário técnico.
Página principal do perfil de Regiane antes da exclusão: nome completo, título de "Psicóloga", selo de verificação e mais de 8 mil seguidores.
Logo após receber o contato da equipe de O Verificador com o link prévio da reportagem, Regiane não apenas deixou de responder, como apagou imediatamente seu perfil do Instagram. A conduta é recorrente em casos já tratados nesta série: diante de provas irrefutáveis, o apagamento é a tentativa final de ocultação.
O conteúdo aqui exposto é resultado direto do esforço investigativo autônomo de O Verificador. Nossa equipe atua de forma independente, infiltrando-se em redes criminosas, forçando acessos estratégicos, sequestrando contas de WhatsApp e invadindo servidores utilizados por fraudadores para burlar o sistema educacional brasileiro.
Foi a partir da primeira publicação da série, no dia 10 de junho de 2025, que uma operação de escala nacional da Polícia Federal foi deflagrada já no dia seguinte, em 11 de junho, confirmando o impacto e a veracidade dos fatos levantados por nossa redação.
Desde então, publicamos semanalmente novos capítulos desta série, sempre baseados em provas digitais, transações bancárias, documentos internos e capturas diretas de comunicações criminosas.
Graças às denúncias publicadas por O Verificador, o caso do falso médico Fernando Henrique Dardis ganhou repercussão nacional. Ele foi preso após o início de nossas investigações e posteriormente exposto em reportagens especiais do programa Fantástico, da TV Globo, veiculadas nos dias 23 e 30 de junho.
Dardis atuava com diploma forjado, foi responsável pela morte de uma paciente e tentou forjar a própria morte para escapar da Justiça. O documento falso de óbito chegou a ser registrado em cartório. Toda a fraude foi desmascarada por nós — com rastreamento de sites, domínios, servidores e documentos adulterados usados por ele.
A matéria que você leu faz parte desse mesmo esforço. A falsa psicóloga Regiane Chaize comprou diploma por WhatsApp, adulterou identidade pública e aplica técnicas sensíveis como neurofeedback sem qualquer registro profissional válido. O Verificador localizou, confirmou e cruzou todos os dados aqui apresentados.
O Verificador não é um portal convencional. É uma estrutura estratégica, integrada por jornalistas, programadores, delatores e servidores anônimos comprometidos com a verdade. Atuamos com tecnologia, vigilância e planejamento. Nossos alvos estão sendo rastreados. Os próximos nomes — inclusive políticos — já estão identificados.
Se você está envolvido com esse mercado de mentiras, uma hora vamos publicar sobre você. E quando publicarmos, não terá mais como apagar.
Seguimos. Cada matéria é um movimento. E o tabuleiro está armado.
A conta vai chegar. E tem que chegar pesada.
Espero que o CRP se manifeste oficialmente sobre isso.
Cotia virou palco de uma farsa clínica.
Fingiu que era psicóloga. Agora vai ter que fingir que é inocente.
Apagar o perfil não apaga os atendimentos feitos.
O mais grave é que muitas crianças passaram por ela.
Fingiu que era psicóloga. Agora vai ter que fingir que é inocente.
Fez curso de Instagram, não de Psicologia.
Mais uma influencer que prefere fingir do que estudar.
Cotia virou palco de uma farsa clínica.
Pra fingir ser psicóloga, ela mentiu até sobre o nome. Imagina o resto.
Cotia inteira falando disso agora. Todo mundo já cruzou com essa mulher.
Que a justiça faça valer. Não é só fraude, é risco real à vida das pessoas.
Apagou o perfil porque sabe que não dá mais pra fingir. Acabou pra você.
Se apresentar como doutora é fácil quando o Instagram te dá o selo azul, né?
Enganar pais e mães usando a saúde mental dos filhos? Isso não é só crime, é crueldade.
Tô sem chão. Minha prima foi paciente dela. Achamos que tava segura.
Eu trabalhava num café do lado da clínica dela no Morumbi. Sempre cheia. Nunca imaginei.
Acompanhei ela por meses no Instagram. Me senti inspirada. Agora só vergonha.
Ela usava jaleco, atendia com EEG, era tudo encenação. Meu Deus.
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