Citado pela PF no inquérito das fraudes no INSS, Sergio Moro contesta PF e afirma que citação ao seu nome é manobra para “desviar” responsabilidades do governo Lula
Senador nega envolvimento do seu Ministério da Justiça nas fraudes e critica pedido da PF ao STF para agrupar investigações da “Operação Sem Desconto”
02/07/2025 09:20
O senador Sergio Moro (União Brasil) rebateu com veemência a inclusão de seu nome em representação da Polícia Federal enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF). No documento, o delegado Rafael Dantas solicita ao ministro Dias Toffoli o compartilhamento de inquéritos ligados à “Operação Sem Desconto”, que apura o esquema bilionário de descontos não autorizados em benefícios do INSS.
Pedido da PF ao STF
Segundo o ofício, a menção a Moro, ao ex-ministro da Previdência Onyx Lorenzoni (PP-RS) e ao deputado Fausto Pinato (PP-SP) decorre de depoimentos colhidos no inquérito. O delegado, que não integra oficialmente a equipe da operação, baseou seu pedido em alegações do advogado Ricardo Tacla Duran, investigado na Lava Jato. O delegado sugeriu que todos os autos relativos à “farra do INSS” sejam reunidos no gabinete do ministro Toffoli — medida já acolhida pelo ministro.
No mesmo inquérito, a PF apura conexão entre Onyx Lorenzoni e Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB), uma das entidades que descontava ilegalmente mensalidades de aposentados. Macedo doou R$ 60 mil à campanha de Onyx ao governo do RS em 2022, quando o ministro ainda estava à frente da Previdência. Onyx nega conhecer o doador e garante que todas as doações foram “dentro da lei e fiscalizadas pela Justiça Eleitoral”.
O nome de Fausto Pinato aparece em registros de aluguel de sala comercial em Alphaville, onde funcionou o escritório de Macedo. Pinato afirma que a relação terminou em agosto de 2023, antes de seu assessor parlamentar assumir o espaço.
Contexto do escândalo do INSS
Revelado pela cooperação jornalística d'O Verificador e seus parceiros de publicação, o esquema movimentou mais de R$ 2 bilhões em descontos indevidos. As reportagens desencadearam inquéritos na PF e investigações na Controladoria-Geral da União (CGU). A Operação Sem Desconto, deflagrada em abril de 2025, resultou na demissão do presidente do INSS e do ministro da Previdência, e corre sob sigilo na Justiça Federal.
Outro Lado
Em nota, Moro classificou a citação como “óbvia falsidade” e “tentativa tosca de desviar a atenção das responsabilidades da escalada dos crimes durante o Governo Lula”. “Em nenhum momento, o MJSP no meu comando teve qualquer relação com contribuições associativas ou descontos em aposentadorias ou pensões”, afirmou. Para o senador, as fraudes foram “perpetradas no Ministério da Previdência e no INSS” sob a atual gestão.
Pedido da PF ao STF
Segundo o ofício, a menção a Moro, ao ex-ministro da Previdência Onyx Lorenzoni (PP-RS) e ao deputado Fausto Pinato (PP-SP) decorre de depoimentos colhidos no inquérito. O delegado, que não integra oficialmente a equipe da operação, baseou seu pedido em alegações do advogado Ricardo Tacla Duran, investigado na Lava Jato. O delegado sugeriu que todos os autos relativos à “farra do INSS” sejam reunidos no gabinete do ministro Toffoli — medida já acolhida pelo ministro.
No mesmo inquérito, a PF apura conexão entre Onyx Lorenzoni e Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB), uma das entidades que descontava ilegalmente mensalidades de aposentados. Macedo doou R$ 60 mil à campanha de Onyx ao governo do RS em 2022, quando o ministro ainda estava à frente da Previdência. Onyx nega conhecer o doador e garante que todas as doações foram “dentro da lei e fiscalizadas pela Justiça Eleitoral”.
O nome de Fausto Pinato aparece em registros de aluguel de sala comercial em Alphaville, onde funcionou o escritório de Macedo. Pinato afirma que a relação terminou em agosto de 2023, antes de seu assessor parlamentar assumir o espaço.
Contexto do escândalo do INSS
Revelado pela cooperação jornalística d'O Verificador e seus parceiros de publicação, o esquema movimentou mais de R$ 2 bilhões em descontos indevidos. As reportagens desencadearam inquéritos na PF e investigações na Controladoria-Geral da União (CGU). A Operação Sem Desconto, deflagrada em abril de 2025, resultou na demissão do presidente do INSS e do ministro da Previdência, e corre sob sigilo na Justiça Federal.
Outro Lado
Em nota, Moro classificou a citação como “óbvia falsidade” e “tentativa tosca de desviar a atenção das responsabilidades da escalada dos crimes durante o Governo Lula”. “Em nenhum momento, o MJSP no meu comando teve qualquer relação com contribuições associativas ou descontos em aposentadorias ou pensões”, afirmou. Para o senador, as fraudes foram “perpetradas no Ministério da Previdência e no INSS” sob a atual gestão.
