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O Verificador

Big techs acusam STF de criar “instabilidade jurídica” e anunciam “judicialização em massa”

Entidade que reúne Meta, Google, Amazon e outras critica ampliação de obrigações prevista em decisão do Supremo e alerta para impacto sobre pequenos empreendedores

28/06/2025 12:58

Na sessão de 26 de junho, o STF aprovou por 8 a 3 a revisão do artigo 19 do Marco Civil da Internet, criando responsabilidades adicionas para plataformas que veiculam conteúdo ilegal publicado por terceiros. A partir de agora, plataformas devem remover proativamente conteúdos classificados como antidemocráticos, discriminatórios ou de incitação a crimes, mesmo sem ordem judicial prévia.

Em nota, a Câmara Brasileira de Economia Digital, que reúne Meta, Google, Amazon, Kwai, Mercado Livre e TikTok — afirmou que a mudança transforma o Brasil em um dos ambientes digitais “mais juridicamente instáveis e regulatoriamente complexos do mundo democrático”. Segundo o grupo, a exigência “encarece a moderação de conteúdo, favorece a remoção preventiva de publicações legítimas e desorganiza cadeias inteiras do ecossistema digital”.

Pressão sobre pequenos e médios
A entidade alerta que empresas de menor porte, sem estruturas robustas de compliance jurídico, sofrerão “impacto particularmente severo” diante dos custos operacionais gerados. Sem definição clara de escopo, as exceções às novas obrigações — previstas no acórdão do STF — não abarcam toda a diversidade de serviços digitais, gerando incerteza na aplicação prática.

No setor de comércio eletrônico, afirmam que a mudança pode agravar a responsabilização solidária prevista no Código de Defesa do Consumidor. Plataformas como Mercado Livre temem a remoção em massa de produtos, motivada por notificações de usuários temerosos de responder judicialmente por falhas de fornecedores.

Ações futuras
Representantes das big techs preveem uma “avalanche” de embargos de declaração para detalhar pontos obscuros do acórdão e anunciam mobilização junto ao Congresso. As empresas defendem que uma lei infralegal poderia se sobrepor à decisão do STF, caso aprovada.

Comentários (Total de comentários: 1140)

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Vitor 28/06/2025 13:21

As big techs reclamam de “instabilidade” mas lucram bilhões driblando impostos e normas locais.

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Maria 28/06/2025 13:21

Regulação só é complexa quando afeta margens de lucro bilionárias.

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Rafael 28/06/2025 13:21

Quem lucra com desinformação questiona a remoção de discurso de ódio. Contraditório.

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Fernanda 28/06/2025 13:21

Plataformas com compliance robusto criticam o mesmo compliance que elas ignoram em outras jurisdições.

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Lucas 28/06/2025 13:21

São as mesmas empresas que varrem dados de usuários e depois reclamam de regras de moderação.

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Patrícia 28/06/2025 13:21

Se fosse instabilidade jurídica, não teriam faturado tanto com publicidade enganosa.

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Tatiane 28/06/2025 13:21

Elas investem em influenciadores, mas ladram contra obrigações que protegem minorias.

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Marcelo 28/06/2025 13:21

Criticam o STF, mas disputam poder de veto sobre conteúdo político em todo o mundo.

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Felipe 28/06/2025 13:21

A moderação preventiva existe nos EUA e na Europa. Aqui é só papo para protelar.


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