Campeão da Copa Truck Roberval Andrade é preso em operação da PF contra corrupção e vazamento de informações sigilosas
Piloto é investigado por lavagem de dinheiro e corrupção em desdobramento da operação Tácitus, que apura esquema envolvendo policiais civis e o assassinato do delator Antonio Gritzbach
25/06/2025 21:44
Roberval Andrade, piloto veterano e campeão da Copa Truck, foi preso nesta quarta-feira pela Polícia Federal em uma operação que investiga um esquema de corrupção e vazamento de informações sigilosas envolvendo agentes públicos e particulares. O piloto é investigado por crimes como lavagem de dinheiro e corrupção. A defesa de Roberval Andrade não foi localizada até o momento. O espaço segue aberto para manifestação.
Com 54 anos e mais de duas décadas de carreira, Andrade compete atualmente pela AGS MotoSport, equipe oficial da Mercedes-Benz. Soma quatro títulos importantes, entre eles dois campeonatos da Fórmula Truck, um da Copa Truck e o troféu de Equipe Campeã 2022.
A operação desta quarta-feira é um desdobramento do caso que ficou conhecido como o caso Gritzbach — em referência à delação premiada do corretor de imóveis Antonio Vinicius Gritzbach, assassinado no Aeroporto de Guarulhos em novembro do ano passado.
Outros dois mandados de prisão foram cumpridos contra investigadores da Polícia Civil de São Paulo. Um deles é Sérgio Ribeiro, da Divisão de Crimes Contra a Administração do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC). O outro é Marcelo Marques de Souza, conhecido como “Bombom”, já preso desde o ano passado e ligado ao Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap).
As defesas dos três citados não foram encontradas. Todos os mandados foram expedidos pela Justiça de São Paulo e estão sendo cumpridos na capital paulista, na região metropolitana e em Praia Grande. Durante a ação, agentes apreenderam um helicóptero, carros de luxo, dinheiro e armas, incluindo pistolas e um fuzil.
A operação conta com participação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), da Polícia Militar e da Corregedoria da Polícia Civil do Estado de São Paulo.
As investigações apontam que os envolvidos atuavam para favorecer pessoas sob investigação criminal, em troca de pagamentos indevidos. Entre as irregularidades estão arquivamentos fraudulentos de inquéritos, repasses ilegais de informações protegidas por sigilo e uso de documentos falsos para tentar recuperar bens apreendidos.
Um dos focos da investigação envolve a tentativa de restituição de um helicóptero modelo Augusta AW109, ligado ao Primeiro Comando da Capital. A aeronave, avaliada em milhões, havia sido bloqueada judicialmente. Foi esse episódio que inspirou o nome da operação: Augusta.
Os investigados poderão responder por crimes como corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, quebra de sigilo bancário e advocacia administrativa. A investigação segue sob sigilo.
A operação Augusta é um desdobramento direto da operação Tácitus, deflagrada em dezembro. Essa fase anterior mirava um grupo de policiais civis suspeitos de manipular investigações, proteger criminosos e lucrar com esquemas de lavagem de dinheiro vinculados ao Primeiro Comando da Capital. Parte das denúncias surgiu da delação de Antonio Gritzbach, morto pouco depois de colaborar com as autoridades. Entre os já indiciados estão delegados, advogados, agentes da Polícia Civil e integrantes do crime organizado.
Com 54 anos e mais de duas décadas de carreira, Andrade compete atualmente pela AGS MotoSport, equipe oficial da Mercedes-Benz. Soma quatro títulos importantes, entre eles dois campeonatos da Fórmula Truck, um da Copa Truck e o troféu de Equipe Campeã 2022.
A operação desta quarta-feira é um desdobramento do caso que ficou conhecido como o caso Gritzbach — em referência à delação premiada do corretor de imóveis Antonio Vinicius Gritzbach, assassinado no Aeroporto de Guarulhos em novembro do ano passado.
Outros dois mandados de prisão foram cumpridos contra investigadores da Polícia Civil de São Paulo. Um deles é Sérgio Ribeiro, da Divisão de Crimes Contra a Administração do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC). O outro é Marcelo Marques de Souza, conhecido como “Bombom”, já preso desde o ano passado e ligado ao Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap).
As defesas dos três citados não foram encontradas. Todos os mandados foram expedidos pela Justiça de São Paulo e estão sendo cumpridos na capital paulista, na região metropolitana e em Praia Grande. Durante a ação, agentes apreenderam um helicóptero, carros de luxo, dinheiro e armas, incluindo pistolas e um fuzil.
A operação conta com participação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), da Polícia Militar e da Corregedoria da Polícia Civil do Estado de São Paulo.
As investigações apontam que os envolvidos atuavam para favorecer pessoas sob investigação criminal, em troca de pagamentos indevidos. Entre as irregularidades estão arquivamentos fraudulentos de inquéritos, repasses ilegais de informações protegidas por sigilo e uso de documentos falsos para tentar recuperar bens apreendidos.
Um dos focos da investigação envolve a tentativa de restituição de um helicóptero modelo Augusta AW109, ligado ao Primeiro Comando da Capital. A aeronave, avaliada em milhões, havia sido bloqueada judicialmente. Foi esse episódio que inspirou o nome da operação: Augusta.
Os investigados poderão responder por crimes como corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, quebra de sigilo bancário e advocacia administrativa. A investigação segue sob sigilo.
A operação Augusta é um desdobramento direto da operação Tácitus, deflagrada em dezembro. Essa fase anterior mirava um grupo de policiais civis suspeitos de manipular investigações, proteger criminosos e lucrar com esquemas de lavagem de dinheiro vinculados ao Primeiro Comando da Capital. Parte das denúncias surgiu da delação de Antonio Gritzbach, morto pouco depois de colaborar com as autoridades. Entre os já indiciados estão delegados, advogados, agentes da Polícia Civil e integrantes do crime organizado.
