Cerimônia é cancelada e autoridades investigam suposta encenação com irregularidades
22/06/2025 19:24
Um episódio delicado e cercado de perguntas sem resposta marcou o início do sábado (22) na Disneyland Paris, localizada em Marne-la-Vallée, na região metropolitana da capital francesa. O que inicialmente parecia uma celebração privada e autorizada — prática comum nos horários em que o parque ainda está fechado ao público — transformou-se em um caso policial após a equipe do local constatar que a chamada “noiva” da cerimônia era, na verdade, uma criança de apenas 9 anos de idade, de nacionalidade ucraniana.
Imediatamente, os protocolos internos de segurança foram acionados. A administração da Disney cancelou o evento no ato, suspendeu a movimentação da equipe contratada, alertou a Polícia Nacional e registrou uma queixa formal junto ao Ministério Público de Meaux, responsável pela jurisdição. Segundo comunicado oficial, foram identificadas “irregularidades substanciais” no planejamento e execução do evento, o que levou à detenção de quatro adultos diretamente envolvidos.
Entre os detidos estão o suposto noivo, um cidadão britânico de 22 anos; a mãe da menina, uma mulher ucraniana de 41; e dois acompanhantes de origem letã, de 24 e 55 anos, respectivamente. As autoridades ainda não conseguiram definir com precisão qual era a finalidade exata da cerimônia, tampouco se havia intenção de validar juridicamente qualquer tipo de união simbólica ou não, mas a versão mais recente indica que o ato seria uma “encenação” organizada com a presença de figurantes.
Funcionários do parque relataram à imprensa que, até o momento em que perceberam a idade da criança, nada havia sido comunicado como uma simulação ou gravação. A ausência de sinalização oficial, como equipes técnicas ou documentação de filmagem, causou estranhamento: “A gente acreditava que era um casamento legítimo. Quando perceberam que a noiva era uma criança, tudo parou imediatamente. Foi um choque coletivo”, declarou um colaborador que estava de plantão naquela manhã.
De acordo com o Ministério Público francês, os primeiros elementos apurados indicam que a cerimônia era uma simulação, mas não está claro por que motivo foi montada de forma tão sigilosa. Não há registro de violência física ou coação contra a menor, e o exame médico realizado não apontou anomalias. No entanto, os dois principais organizadores seguem detidos sob suspeita de lavagem de dinheiro e estelionato, o que amplia as fronteiras da investigação para além da esfera moral ou familiar.
Um dos detidos — o suposto noivo — alegou se tratar de um “tournage” (gravação audiovisual), na qual ele mesmo atuaria como diretor de uma produtora independente. A justificativa, contudo, não encontra respaldo nos elementos visuais ou administrativos da ocasião: não havia contratos, câmeras profissionais ou comunicação institucional com o parque ou autoridades locais. Segundo o Ministério Público, essa ausência de documentação levanta dúvidas sobre a real motivação do grupo.
A investigação permanece em aberto, e o caso já atrai atenção de órgãos de proteção internacional à infância e à juventude, considerando que houve mobilização de múltiplas nacionalidades e o uso de uma menor em contexto controverso e não informado publicamente. As autoridades francesas também avaliam se houve tentativa de burlar alguma norma civil com o uso indevido da estrutura simbólica e institucional da Disneylândia como pano de fundo.
Diante da gravidade do cenário, é essencial reforçar que o caso deve ser tratado com racionalidade crítica e foco investigativo. Não cabe ao jornalismo promover linchamentos morais, tampouco insinuar intenções que ainda não foram confirmadas pelas autoridades. No entanto, o uso de uma criança em um contexto não informado, potencialmente simbólico e ambíguo, exige escrutínio público e institucional.
É igualmente necessário examinar com cautela como espaços privados de grande prestígio internacional, como a Disneyland Paris, aprovam e fiscalizam eventos que envolvem terceiros, sobretudo estrangeiros, menores de idade e equipes não filiadas a produtoras registradas. Neste ponto, o parque agiu com rapidez e responsabilidade, mas o caso expõe uma vulnerabilidade estrutural que não pode ser ignorada.
Independentemente do desfecho jurídico, o episódio reforça a necessidade de que eventos simbólicos envolvendo crianças sejam tratados com total transparência, registro e acompanhamento legal. A banalização de “encenações” com aparência matrimonial em locais de forte apelo infantil não é aceitável sob qualquer justificativa, mesmo quando desprovidas de dolo direto.
O que ocorreu na Disneyland Paris não é um escândalo pronto, mas tampouco é um ruído menor. Trata-se de um episódio incomum, que expõe a zona cinzenta entre o simbólico, o jurídico e o ético — e que só pode ser compreendido a partir da investigação técnica, da escuta qualificada e do compromisso com a verdade. A exposição precoce da criança, o uso indevido de estrutura privada e a ambiguidade da intenção colocam esse caso no radar de autoridades internacionais e da sociedade civil.
O Verificador manterá vigilância sobre os desdobramentos do processo, sempre com a postura que nos guia: crítica, expositiva e contrária a qualquer simplificação. O jornalismo não serve para inflamar — serve para esclarecer. E aqui, mais do que nunca, é disso que se trata.
Finalmente um jornal que não tem dono político.
Não é esquerda, não é direita. É informação.
As manchetes já vêm com o roteiro embutido.
Não sou de comentar, mas essa mereceu.
Acordem antes que seja tarde demais.
Isso tem dedo da China!
Mais um capítulo da novela geopolítica.
A mídia tradicional não fala nada disso!
Brasil precisa de uma faxina moral urgente.
Não é exagero: vocês fazem história.
Informação é poder. Guardem esse link.
O povo morre, os ricos lucram.
Esses jornalistas merecem segurança 24h.
Simplesmente impecável.
Casamento? Isso é crime, abuso, pedofilia, prisão perpétua.
Compartilhando no meu Facebook. Esse canalha merece ser conhecido.
Como ele teve coragem de tentar isso num lugar com centenas de câmeras?
Que o julgamento seja rápido e a pena definitiva.
Se tem algo que une direita e esquerda é ojeriza a esse tipo de criminoso.
Não é caso de internação. É caso de punição.
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