Operação dos EUA mirou infraestruturas em Natanz, Isfahã e Fordow, anunciou Trump
O ataque ordenado por Donald Trump contra três instalações nucleares no Irã marca o ponto de ruptura definitivo entre tensão militar e guerra aberta no Oriente Médio. A reação da Guarda Revolucionária Iraniana, que declarou “Agora a guerra começou para nós” em publicação no X, confirma que o Irã enxerga a ação como ato de guerra total, com potencial de arrastar a região para um conflito de grandes proporções.
🔥 Trump amplia o front: entrada oficial dos EUA escancara escalada
O presidente dos EUA confirmou que os alvos incluíram Fordow, Natanz e Isfahã, sendo Fordow a instalação mais estratégica — bunker subterrâneo com reforço contra ataques aéreos, núcleo do programa nuclear iraniano. A operação foi executada com bombardeiros furtivos B-2 e “carga completa de bombas”, segundo palavras do próprio Trump.
A movimentação havia sido previamente coordenada com Israel. Netanyahu e Trump conversaram após o ataque, consolidando o eixo Tel Aviv-Washington como responsável direto pelo novo estágio da guerra, que começou oficialmente com os ataques israelenses ao Irã no dia 13.
💣 Guarda Revolucionária: retaliação será agora questão de honra nacional
A declaração dos iranianos — “Agora a guerra começou para nós” — não é simbólica: é declaração estratégica de mobilização. A Guarda Revolucionária, braço mais poderoso das Forças Armadas de Teerã, tem autoridade e autonomia operacional para executar ações assimétricas contra tropas e ativos norte-americanos em regiões como Síria, Iraque, Iêmen e Golfo Pérsico.
A resposta pode envolver desde ataques com drones e mísseis até o uso de milícias aliadas e o bloqueio do Estreito de Ormuz, por onde transita um quinto do petróleo mundial.
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⚠️ Trump e sua contradição exposta em horário nobre
A promessa de Trump de discursar à nação às 22h (23h de Brasília) indica tentativa de controlar a narrativa. O republicano, que sempre usou o discurso anti-intervencionista como trunfo político, agora precisa justificar o rompimento com sua própria doutrina. A frase já repetida — “somos o único exército que poderia fazer isso” — aponta para o uso da operação como demonstração de força eleitoral.
Mas o custo dessa contradição pode ser alto: parte da base MAGA defende foco interno e vê com desconfiança aventuras militares externas. Se a resposta iraniana vier com baixas americanas ou caos na economia global, Trump enfrentará desgaste político severo, mesmo entre aliados.
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🎯 Eficácia do ataque ainda é incerta — e isso pode mudar tudo
Como destaca Maurício Santoro, a questão crítica agora é se o bombardeio conseguiu atingir de fato as estruturas subterrâneas do programa nuclear iraniano. Se não conseguiu, o ataque será visto como provocação inútil e fracassada. Se conseguiu, o Irã pode antecipar sua retaliação com brutalidade.
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Conclusão — O Verificador
O ataque dos EUA contra o Irã transformou a tensão crônica em conflito declarado. A resposta da Guarda Revolucionária coloca o mundo em estado de alerta. A guerra agora é real. E diferente das anteriores, pode não ter campo de batalha definido, nem aliados previsíveis, nem controle de danos possível.
A próxima ação de Teerã determinará o rumo de uma guerra que já ultrapassou a lógica convencional. O Verificador seguirá em cobertura total, em tempo real.