Agência da OMS associa consumo de álcool a aumento no risco de câncer de pâncreas, aponta estudo com 2,5 milhões de pessoas
Consórcio internacional de cientistas analisou dados de 2,5 milhões de pessoas ao longo de 16 anos e encontrou relação entre as bebidas e um risco aumentado de câncer de pâncreas
22/06/2025 05:10
Um estudo global liderado pela Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), revelou que o consumo regular de álcool está associado a um risco significativamente maior de câncer de pâncreas — uma relação até então considerada inconclusiva pela comunidade científica.
Publicado na revista PLOS Medicine, o estudo analisou dados de quase 2,5 milhões de pessoas de quatro continentes ao longo de 16 anos. Os cientistas constataram que cada aumento de 10 gramas diários de álcool (equivalente a um copo de cerveja ou taça de vinho) eleva o risco de câncer pancreático em 3%. Entre mulheres, o consumo de 15 a 30 gramas diárias foi ligado a um risco 12% maior; entre homens, o risco chegou a 36% em quem bebia mais de 60 gramas por dia.
“Nossos achados colocam o álcool como um fator de risco direto, inclusive entre não fumantes, o que confirma a relação independente entre álcool e câncer de pâncreas”, explicou Pietro Ferrari, chefe da divisão de Nutrição e Metabolismo da IARC.
O câncer de pâncreas, apesar de ser o 12º tipo mais comum, é um dos mais letais, com diagnóstico geralmente tardio e mortalidade elevada. Em 2022, respondeu por 5% de todas as mortes por câncer no mundo.
O estudo destaca ainda a necessidade de investigar o impacto do álcool em fases específicas da vida e padrões como o binge drinking (consumo excessivo pontual), reforçando o alerta global sobre os riscos reais e muitas vezes subestimados das bebidas alcoólicas. O Verificador seguirá acompanhando os desdobramentos.
Publicado na revista PLOS Medicine, o estudo analisou dados de quase 2,5 milhões de pessoas de quatro continentes ao longo de 16 anos. Os cientistas constataram que cada aumento de 10 gramas diários de álcool (equivalente a um copo de cerveja ou taça de vinho) eleva o risco de câncer pancreático em 3%. Entre mulheres, o consumo de 15 a 30 gramas diárias foi ligado a um risco 12% maior; entre homens, o risco chegou a 36% em quem bebia mais de 60 gramas por dia.
“Nossos achados colocam o álcool como um fator de risco direto, inclusive entre não fumantes, o que confirma a relação independente entre álcool e câncer de pâncreas”, explicou Pietro Ferrari, chefe da divisão de Nutrição e Metabolismo da IARC.
O câncer de pâncreas, apesar de ser o 12º tipo mais comum, é um dos mais letais, com diagnóstico geralmente tardio e mortalidade elevada. Em 2022, respondeu por 5% de todas as mortes por câncer no mundo.
O estudo destaca ainda a necessidade de investigar o impacto do álcool em fases específicas da vida e padrões como o binge drinking (consumo excessivo pontual), reforçando o alerta global sobre os riscos reais e muitas vezes subestimados das bebidas alcoólicas. O Verificador seguirá acompanhando os desdobramentos.
