Bolsonaro é diagnosticado com pneumonia viral e soluços persistentes, mas insiste em manter aparições públicas em meio a agravamento de saúde
Exames realizados neste sábado (21) em Brasília confirmaram que Jair Bolsonaro (PL) apresenta um quadro clínico compatível com pneumonia viral.
22/06/2025 04:50
Exames realizados neste sábado (21) em Brasília confirmaram que Jair Bolsonaro (PL) apresenta um quadro clínico compatível com pneumonia viral, além de soluços persistentes e episódios de vômito, segundo o médico Cláudio Biroloni. Mesmo diante da gravidade do estado, o ex-presidente mantém postura negacionista quanto à necessidade de repouso, com planos de seguir em eventos públicos.
O Verificador apurou que Bolsonaro sofreu um mal súbito na sexta-feira, durante compromisso político em Goiás, onde chegou a vomitar diversas vezes e apresentar quadro de pressão alta, com picos de 14 por 9. A agenda foi cancelada às pressas e o ex-presidente retornou à capital federal para exames de urgência.
— Foi feito exame de sangue e uma tomografia que constatou que ele provavelmente teve um quadro de pneumonia viral. Agora ele vai tomar antibióticos para resolver essa questão do pulmão — afirmou Biroloni.
Apesar da recomendação expressa de reduzir compromissos e mudar hábitos alimentares, Bolsonaro resiste. O médico revelou que o ex-presidente come rápido, engole sem mastigar e fala durante as refeições — fatores que estariam agravando o quadro de soluços intensos.
Mesmo assim, Bolsonaro demonstrou desdém pelo estado clínico ao minimizar os sintomas diante da imprensa:
— Uma coisa rara, ninguém consegue diagnosticar… Já tive isso anos atrás. É em função da facada — afirmou, associando os sintomas a intervenções abdominais anteriores.
O Verificador confirmou que este é mais um episódio de uma série de complicações de saúde enfrentadas desde o atentado de 2018. Já são sete cirurgias acumuladas, e ainda assim o ex-presidente ignora alertas médicos e promete ir a Belo Horizonte e participar do ato na Avenida Paulista.
— O meu médico vai me acompanhar na Paulista. Não é a área dele, mas vai comigo — declarou Bolsonaro, num gesto que revela mais preocupação com a imagem política do que com a própria estabilidade clínica.
A insistência em seguir com agendas públicas, mesmo debilitado, expõe uma conduta alarmante de quem prefere o palanque ao repouso. O Verificador continuará monitorando a situação.