Documentos eram usados para conseguir registros em conselhos profissionais e para exercício ilegal de profissões. Segundo investigação, oito pessoas trabalhavam com documento falso.
21/06/2025 19:54
Por Redação O Verificador Investigativo
Em uma das maiores operações contra fraudes educacionais da história do país, a Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (11) uma ação nacional contra um grupo criminoso especializado na falsificação e venda de diplomas de ensino superior. Os documentos eram usados para conseguir registros em conselhos profissionais e exercer ilegalmente profissões sensíveis como Medicina, Engenharia, Psicologia e Biomedicina.
“A população está em risco. Quem compra diploma falso comete crime duplo: frauda o sistema e se coloca em profissões que exigem alta responsabilidade técnica e podem matar”, afirmou o delegado federal Andrei Rodrigues, que lidera a investigação a nível nacional.
Apesar dos 25 mandados de busca e apreensão emitidos, muitos não puderam ser cumpridos. Em comunidades do Rio de Janeiro (como o Complexo do Alemão), Natal (RN) e João Pessoa (PB), policiais foram recebidos a tiros e não conseguiram acessar as áreas onde moravam suspeitos. “Estávamos prontos para cumprir a lei, mas nos deparamos com favelas controladas pelo Comando Vermelho, com barricadas, armamento pesado e sentinelas nas entradas”, revelou um agente da tropa de elite da PF.
Em Duque de Caxias (RJ), houve intensa troca de tiros e a equipe federal recuou por risco à vida. Nas localidades citadas, muitos dos envolvidos sequer foram encontrados, o que levanta sérias suspeitas de vazamento interno.
Em residências no Distrito Federal, a PF encontrou armamento de grosso calibre, munições importadas e coletes balísticos. Um dos alvos, que havia comprado diploma falso de Engenharia, também mantinha uma empresa registrada com licitações públicas em três estados.
Segundo o delegado federal, “está comprovado que o esquema tinha proteção política e administrativa em vários estados. Há fortes indícios de envolvimento de servidores públicos e autoridades, que podem ter informado alvos sobre a operação previamente”.
A equipe de jornalismo investigativo de O Verificador teve acesso a um site secreto hospedado em domínio estrangeiro onde eram listados centenas de nomes de "diplomados" falsos. O ambiente simulava com perfeição um portal de verificação oficial e oferecia "consultas públicas" para dar ar de legitimidade.
Entre os beneficiários, há nomes atuando nas áreas de Saúde, Direito, Engenharias, Educação Física, Psicologia, Biomedicina, Enfermagem e Fisioterapia. Os estados com maior concentração de diplomas vendidos foram: Goiás, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Norte, Paraíba, Distrito Federal, Amazonas, Pará e Minas Gerais.
Diante da gravidade do escândalo, O Verificador criou um Comitê de Apuração Independente com juristas, peritos e jornalistas para investigar, um a um, os nomes encontrados no banco de dados. A premissa é clara: quem comprou diploma falso não é apenas vítima, mas agente de um crime grave contra a sociedade.
Nosso comitê está tentando contato com integrantes da quadrilha para levantar mais nomes de compradores, identificar seus cargos, localidades e se estão atuando profissionalmente. Em muitos casos, estão em serviços essenciais e com acesso a dados sensíveis, pacientes, obras, contratos e decisões judiciais.
A operação teve início após a apresentação de um diploma falso para registro profissional. A partir disso, a PF descobriu um esquema sofisticado com as seguintes características:
Foram identificados até agora 33 diplomas falsos com uso comprovado, mas estima-se que existam mais de 400 registros ilegais em conselhos profissionais. A PF apura também lavagem de dinheiro e conexões com milícias.
Procurada pela redação, a Universidade Estácio de Sá, uma das mais mencionadas nos documentos fraudulentos, afirmou por meio de nota:
"A Estácio informa que desconhece os nomes envolvidos na investigação da Polícia Federal e repudia veementemente qualquer uso indevido de sua imagem institucional. Estamos colaborando integralmente com as autoridades e revisando nossos sistemas de validação para evitar fraudes dessa natureza."
Os investigados podem responder por:
Delegados afirmaram que o uso de diploma falso em profissões de risco como Medicina e Engenharia representa crime qualificado por colocar a população em risco direto.
“Não é só fraude documental. Quem compra diploma falso e se passa por médico, engenheiro ou psicólogo está colocando vidas em risco real. Isso será tratado como crime contra a segurança pública”, declarou o superintendente da PF em Goiás.
A Polícia Federal trabalha agora em cooperação com o MEC, o Conselho Federal de Medicina, CREA, OAB, CREFITO, CFP, CREF e outros conselhos para revogar registros profissionais obtidos com base nos diplomas falsos.
A equipe de O Verificador segue a apuração independente e publicará relatórios semanais com os nomes, profissões e locais de atuação dos beneficiários identificados no banco de dados.
Esta matéria faz parte do projeto "Diplomas Sob Suspeita" de O Verificador, que investiga a corrupção educacional no Brasil. Denúncias, provas e informações podem ser enviadas para [email protected]
Cadê os especialistas agora?
Nada mais me surpreende.
Votar virou gincana de iludidos.
Lembra quando avisaram e riram de quem alertou?
Dizer a verdade hoje virou crime.
Daria nota 11 se pudesse.
Overificador é resistência em tempos de censura.
Preparem-se. Vai piorar antes de melhorar.
Vocês ainda confiam no sistema?
A Globo vai esconder isso, claro.
É disso que o Brasil precisa: jornalistas livres.
Esse jornal é o novo 4º poder.
Mídia covarde!
Coragem e independência: isso é raro hoje.
Conflito de interesses global.
Cadê os nomes? Já passou da hora de rasgar o véu dessa farsa toda.
Joguem na roda! Quem são os profissionais de mentira?
Mais detalhes, mais documentos, mais vergonha pública.
Vocês têm o país inteiro esperando. Façam o que precisa ser feito.
Queremos escândalo com nome, sobrenome e profissão.
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